"Gostei muito da ideia da exposição!
Senti na hora que deveria tentar
participar, pois tenho um texto-fluxo-de-pensamento que escrevi para
ninguém e que não tenho coragem de mostrar.
Às vezes gostaria que as pessoas fossem menos egoístas.
Mas como não posso mudá-las, mudo a mim mesma. Deixo de considerá-las como
pessoas com quem posso compartilhar e assim fico mais tranquila. Vou somente
levar em consideração as pessoas que amo e que demonstram me amar.
Às vezes gostaria que as pessoas pensassem na dimensão do
que dizem. Meus ouvidos muitas vezes são uma porta para um lugar que geralmente
não acesso, não porque não quero, mas porque meu corpo e meu espírito a mantém
isolada para que eu não me perca. As palavras ditas doem muito mais. Acessam um
lugar que tento transcender. E a cada vez que determinadas frases são
repetidas, menos eu consigo superar minhas dificuldades. Deixarei de prolongar
as conversas com essas pessoas. Vou somente escutar as palavras de quem amo e
que demonstram me amar de verdade.
Às vezes gostaria de acreditar que eu sou amada do jeito que
sou, assim como amo meu filho Francisco. Eu sei que isso não existe. Geralmente
uns tentam corrigir os erros dos outros e ficamos numa roda viva, sem fim, que
só nos decepciona muito mais. Vou somente observar e amar as pessoas mais
próximas, sem esforço algum, e somente tentar ser eu. E se elas me amarem,
ótimo. Se não, fazer o quê?
Às vezes gostaria de ficar menos triste. A tristeza, essa
maneira de ficar mais só, não é por culpa de ninguém. É por minha culpa mesmo.
A gente tenta compreender as pessoas, o mundo, e não consegue. Estou me dando
conta de que não tenho poder algum. Sou somente um sopro de nada, absolutamente
nada.
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